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[[File:Articulos_electricos_para_el_hogar_-_Grete_Stern,_1950.jpg|thumb|Grete Stern (1904-1999), ''Articulos eléctricos para el hogar'', c. 1950. Fotomontagem, 46.2 x 39.6 cm. Nova Iorque, The Metropolitan Museum of Art|alt=none]]
Grete Stern (Wuppertal-Elberfeld, Alemanha, 1904 -Buenos Aires, Argentina, 1999) foi uma influente fotógrafa e ''designer'' germano-argentina. Sua trajetória artística é marcada por inovação e compromisso social, que a posicionam como uma figura central na modernização da fotografia e no desenvolvimento do pensamento feminista através da arte.
'''Início da vida e formação artística'''
Grete Stern cresceu em uma família judia de classe média. Sua formação artística começou cedo, estudando artes gráficas e tipografia na Kunstgewerbeschule (Escola de Artes Aplicadas) em Stuttgart, de 1923 a 1925. Foi a exposição de fotografias de Edward Weston e Paul Outerbridge que a inspirou a mudar seu foco para a fotografia. Em 1927, Stern se mudou para Berlim para ter aulas particulares com Walter Peterhans, que mais tarde se tornaria professor de fotografia na renomada escola Bauhaus em Dessau. Stern frequentou a Bauhaus entre 1930 e 1933, período que moldou sua visão de uma arte engajada e sua aversão a que a fotografia se prendesse a tratamentos pictóricos pseudo-técnicos.
Em 1930, antes de emigrar, Stern co-fundou, com sua amiga e colega Ellen Auerbach (também aluna de Peterhans), o aclamado estúdio de fotografia e ''design'' ''ringl+pit'' em Berlim. O nome do estúdio, derivado dos apelidos de infância de Stern e Auerbach, simbolizava uma abordagem pessoal e inovadora. Elas se destacaram por trabalhos inovadores em publicidade e retratos, exibindo uma estética vanguardista que desafiava noções preponderantes sobre fotografia e publicidade. O trabalho de ''ringl+pit'' é considerado protofeminista, abordando a "Nova Mulher" e suas ideias críticas sobre estereótipos femininos.
'''Exílio e trajetória na Argentina'''
A ascensão do nazismo e do antissemitismo na Alemanha, a partir de 1933, forçou Grete Stern, que era judia e antifascista, a emigrar. Ela se mudou para Londres em 1934, onde montou um novo estúdio e continuou colaborando com Auerbach. Nesse período, realizou retratos importantes de exilados alemães, como Bertolt Brecht e Karl Korsch.
Em 1935, Grete Stern casou-se com o fotógrafo argentino [[Horacio Coppola]], também ex-aluno da Bauhaus. Juntos, viajaram para Buenos Aires, Argentina, onde se fixaram em 1936. A exposição conjunta do casal na redação da revista ''Sur'' em 1935 é considerada a primeira exposição de fotografia moderna na Argentina, marcando o início de uma nova era para a arte fotográfica no país. Stern naturalizou-se argentina em 1958.
Em 1940, Stern e Coppola se mudaram para uma casa em Ramos Mejía, projetada pelo arquiteto [[Wladimiro Acosta]]. Esta casa rapidamente se tornou um centro cultural vibrante, conhecido como "a fábrica" ou "Bloomsbury porteño", reunindo intelectuais, artistas e escritores como Jorge Luis Borges, Pablo Neruda e [[Antonio Berni]]. Stern atuou como anfitriã e sua biblioteca e experiências pessoais foram uma fonte de conhecimento e encorajamento para artistas da vanguarda. Em 1945, a casa sediou uma das primeiras exposições do grupo ''Madí'', movimento de arte construtiva ao qual Stern se filiou e para o qual contribuiu com fotografias e ''designs''.
'''Principais obras e temáticas'''
A obra de Grete Stern na Argentina é vasta e diversificada. Ela continuou a produzir retratos com seu estilo austero e minimalista, utilizando luz difusa e focando em gestos potentes que revelavam a personalidade dos sujeitos. Sua extensa coleção de retratos de figuras culturais argentinas e estrangeiras é um importante registro documental e artístico.
Stern também engajou-se intensamente na documentação de Buenos Aires entre 1940 e 1950, colaborando com arquitetos e editores. Suas fotos da cidade, publicadas em livros e revistas, demonstram sua capacidade de transformar cenas urbanas comuns em locais de descoberta e reflexão subjetiva.
Sua série ''Sueños'' (1948-1951) é, sem dúvida, sua obra mais célebre. Stern produziu 140 fotomontagens para a coluna semanal ''El psicoanálisis'' te ayudará da revista feminina ''Idilio''. A revista, popular entre mulheres de classes média e baixa, buscava oferecer autoconhecimento e ajuda em questões de amor, família e trabalho. Os sonhos das leitoras eram interpretados por "Richard Rest" (pseudônimo dos sociólogos Gino Germani e Enrique Butelman), e Stern os ilustrava com suas fotomontagens.
A série ''Sueños'' é igualmente reconhecida como protofeminista que antecipa questões cruciais do feminismo da segunda onda. As fotomontagens criticam a opressão, manipulação, redução, vigilância e confinamento dos corpos femininos na sociedade da época. Elas representam mulheres aprisionadas, emudecidas, subjugadas, com corpos expostos a riscos constantes, e sem capacidade de reação aos padrões morais e estéticos da sociedade.
As fotomontagens de Stern em ''Sueños'' exibem afinidade com o surrealismo, mas distinguem-se por seu forte senso de crítica social. Ela explorava o não dito, o real traumático que subjaz às imagens. A técnica da fotomontagem, com sua artificialidade perceptível e a justaposição de elementos inverossímeis, desnaturalizava os papéis de gênero e as hierarquias patriarcais, revelando-os como construções. Suas fotomontagens são consideradas zonas de contato visual e criam contra-espaços heterotópicos, que confrontam a propaganda peronista e as normas de gênero da época, oferecendo uma crítica visual a uma ideia harmônica de feminilidade.
Entre 1958 e 1964, Stern também documentou os povos indígenas do Gran Chaco a pedido da Universidade Nacional do Nordeste da Argentina. Seu trabalho focou nas condições de vida, costumes e artesanato dos indígenas, buscando uma relação de proximidade com os fotografados e evitando o exotismo. A série é vista como uma denúncia social implícita e um elogio à arte popular.
Grete Stern via a fotografia como uma possibilidade de expressão artística, enfatizando que suas decisões eram visuais e não intelectuais. Para ela, a fotomontagem era a união de diferentes fotografias já existentes para criar com elas uma nova composição fotográfica, permitindo juntar elementos inverossímeis e distorcer proporções e perspectivas. Ela não se preocupava em criar um efeito de real, mas sim em uma ação ou exercício que expressasse sua visão. Stern era meticulosa, fazendo esboços prévios para planejar suas composições.
'''Legado e reconhecimento atual'''
Apesar do sucesso popular imediato da série ''Sueños'' na revista ''Idilio'', o trabalho de Stern foi inicialmente ignorado ou subestimado pela crítica de arte argentina da época. Sua originalidade radiclevou décadas para ser reconhecida. O prestígio da série começou a crescer rapidamente a partir de 1982, após sua exibição na ''FotoFest'', em Houston, EUA.
Atualmente, as fotomontagens de Grete Stern são amplamente reconhecidas e valorizadas internacionalmente, presentes em coleções permanentes de museus como o Museum of Modern Art (MoMA) em Nova York, The Jewish Museum, The Metropolitan Museum e The J. Paul Getty Museum. Exposições importantes, como ''From Bauhaus to Buenos Aires: Grete Stern and Horacio Coppola'' no MoMA em 2005 e a exposição no IVAM na Espanha em 2015-2016 que documentou os 140 fotomontagens, solidificaram seu reconhecimento global.
A série ''Sueños'' é considerada a primeira e mais importante obra fotográfica argentina a abordar a opressão e manipulação da mulher, e as consequências alienantes da submissão consentida. O trabalho de Stern continua a exercer uma forte função crítica relacionada aos ideais femininos e a servir de denúncia da opressão de gênero, mantendo sua relevância no século XXI. Sua contribuição é vista como decisiva para a fundação de uma cultura fotográfica moderna na Argentina.
'''Referências'''
ASTUTTI, Adriana. Grete Stern: mulheres sonhadas. '''Ide''', São Paulo, v.32 n.49, p. 14-29, dez. 2009. Disponível em: https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000200004
BERTÚA, Paula. Sueños de Idilio: los fotomontajes surrealistas de Grete Stern. '''Boletín de estética''', n. 6, p. 5-32, ago. 2008. Disponível em: https://boletindeestetica.com.ar/index.php/boletin/article/view/216
CAVALCANTI, Ildney. Distopia e gênero em Sueños, de Grete Stern. '''VIS Revista do Programa de Pós-graduação em Artes Visuais da UnB''', Brasília, v. 18, n. 2, p. 87-110, jul.-dez. 2019. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/revistavis/article/view/29232
PRIAMO, Luis. Grete Stern's Work in Argentina. '''Journal of Latin American Cultural Studies''', v. 24, n. 2, p. 91-108, 2015. Disponível em : http://dx.doi.org/10.1080/13569325.2015.1040749
ROBERTS, Jodi. A City in Dispute: Grete Stern’s Photographs of Buenos Aires, 1936–1956. '''Journal of Latin American Cultural Studies''', v. 24, n. 2, p. 123–52, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1080/13569325.2015.1040742
TISCOSKI, Luciana Bittencourt. A fotomontagem e a fotografia etnográfica de Grete Stern: modos de ver o corpo contemporâneo. '''Revista Ciclos''', Florianópolis, v. 2, n. 4, p. 232-242, fev. 2015. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/ciclos/article/view/4974
USLENGHI, Alejandra. A Migrant Modernism. Grete Stern’s Photomontages. '''Journal of Latin American Cultural Studies''', v. 24, n. 2, p. 173–205, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1080/13569325.2015.1040747
WIEDER, Christina. Montages of exile. Photographic techniques and spatial dimensions in the artwork of Grete Stern. '''Jewish Culture and History''', v. 21, n. 1, p. 42–65, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1080/1462169X.2020.1701846
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'''Voltar: [[Grupo de Estudo: Artes da América Latina e Caribe]]'''
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[[File:Articulos_electricos_para_el_hogar_-_Grete_Stern,_1950.jpg|thumb|Grete Stern (1904-1999), ''Articulos eléctricos para el hogar'', c. 1950. Fotomontagem, 46.2 x 39.6 cm. Nova Iorque, The Metropolitan Museum of Art|alt=none]]
Grete Stern (Wuppertal-Elberfeld, Alemanha, 1904 - Buenos Aires, Argentina, 1999) foi uma influente fotógrafa e ''designer'' germano-argentina. Sua trajetória artística é marcada por inovação e compromisso social, que a posicionam como uma figura central na modernização da fotografia e no desenvolvimento do pensamento feminista através da arte.
'''Início da vida e formação artística'''
Grete Stern cresceu em uma família judia de classe média. Sua formação artística começou cedo, estudando artes gráficas e tipografia na Kunstgewerbeschule (Escola de Artes Aplicadas) em Stuttgart, de 1923 a 1925. Foi a exposição de fotografias de Edward Weston e Paul Outerbridge que a inspirou a mudar seu foco para a fotografia. Em 1927, Stern se mudou para Berlim para ter aulas particulares com Walter Peterhans, que mais tarde se tornaria professor de fotografia na renomada escola Bauhaus em Dessau. Stern frequentou a Bauhaus entre 1930 e 1933, período que moldou sua visão de uma arte engajada e sua aversão a que a fotografia se prendesse a tratamentos pictóricos pseudo-técnicos.
Em 1930, antes de emigrar, Stern co-fundou, com sua amiga e colega Ellen Auerbach (também aluna de Peterhans), o aclamado estúdio de fotografia e ''design'' ''ringl+pit'' em Berlim. O nome do estúdio, derivado dos apelidos de infância de Stern e Auerbach, simbolizava uma abordagem pessoal e inovadora. Elas se destacaram por trabalhos inovadores em publicidade e retratos, exibindo uma estética vanguardista que desafiava noções preponderantes sobre fotografia e publicidade. O trabalho de ''ringl+pit'' é considerado protofeminista, abordando a "Nova Mulher" e suas ideias críticas sobre estereótipos femininos.
'''Exílio e trajetória na Argentina'''
A ascensão do nazismo e do antissemitismo na Alemanha, a partir de 1933, forçou Grete Stern, que era judia e antifascista, a emigrar. Ela se mudou para Londres em 1934, onde montou um novo estúdio e continuou colaborando com Auerbach. Nesse período, realizou retratos importantes de exilados alemães, como Bertolt Brecht e Karl Korsch.
Em 1935, Grete Stern casou-se com o fotógrafo argentino [[Horacio Coppola]], também ex-aluno da Bauhaus. Juntos, viajaram para Buenos Aires, Argentina, onde se fixaram em 1936. A exposição conjunta do casal na redação da revista ''Sur'' em 1935 é considerada a primeira exposição de fotografia moderna na Argentina, marcando o início de uma nova era para a arte fotográfica no país. Stern naturalizou-se argentina em 1958.
Em 1940, Stern e Coppola se mudaram para uma casa em Ramos Mejía, projetada pelo arquiteto [[Wladimiro Acosta]]. Esta casa rapidamente se tornou um centro cultural vibrante, conhecido como "a fábrica" ou "Bloomsbury porteño", reunindo intelectuais, artistas e escritores como Jorge Luis Borges, Pablo Neruda e [[Antonio Berni]]. Stern atuou como anfitriã e sua biblioteca e experiências pessoais foram uma fonte de conhecimento e encorajamento para artistas da vanguarda. Em 1945, a casa sediou uma das primeiras exposições do grupo ''Madí'', movimento de arte construtiva ao qual Stern se filiou e para o qual contribuiu com fotografias e ''designs''.
'''Principais obras e temáticas'''
A obra de Grete Stern na Argentina é vasta e diversificada. Ela continuou a produzir retratos com seu estilo austero e minimalista, utilizando luz difusa e focando em gestos potentes que revelavam a personalidade dos sujeitos. Sua extensa coleção de retratos de figuras culturais argentinas e estrangeiras é um importante registro documental e artístico.
Stern também engajou-se intensamente na documentação de Buenos Aires entre 1940 e 1950, colaborando com arquitetos e editores. Suas fotos da cidade, publicadas em livros e revistas, demonstram sua capacidade de transformar cenas urbanas comuns em locais de descoberta e reflexão subjetiva.
Sua série ''Sueños'' (1948-1951) é, sem dúvida, sua obra mais célebre. Stern produziu 140 fotomontagens para a coluna semanal ''El psicoanálisis'' te ayudará da revista feminina ''Idilio''. A revista, popular entre mulheres de classes média e baixa, buscava oferecer autoconhecimento e ajuda em questões de amor, família e trabalho. Os sonhos das leitoras eram interpretados por "Richard Rest" (pseudônimo dos sociólogos Gino Germani e Enrique Butelman), e Stern os ilustrava com suas fotomontagens.
A série ''Sueños'' é igualmente reconhecida como protofeminista que antecipa questões cruciais do feminismo da segunda onda. As fotomontagens criticam a opressão, manipulação, redução, vigilância e confinamento dos corpos femininos na sociedade da época. Elas representam mulheres aprisionadas, emudecidas, subjugadas, com corpos expostos a riscos constantes, e sem capacidade de reação aos padrões morais e estéticos da sociedade.
As fotomontagens de Stern em ''Sueños'' exibem afinidade com o surrealismo, mas distinguem-se por seu forte senso de crítica social. Ela explorava o não dito, o real traumático que subjaz às imagens. A técnica da fotomontagem, com sua artificialidade perceptível e a justaposição de elementos inverossímeis, desnaturalizava os papéis de gênero e as hierarquias patriarcais, revelando-os como construções. Suas fotomontagens são consideradas zonas de contato visual e criam contra-espaços heterotópicos, que confrontam a propaganda peronista e as normas de gênero da época, oferecendo uma crítica visual a uma ideia harmônica de feminilidade.
Entre 1958 e 1964, Stern também documentou os povos indígenas do Gran Chaco a pedido da Universidade Nacional do Nordeste da Argentina. Seu trabalho focou nas condições de vida, costumes e artesanato dos indígenas, buscando uma relação de proximidade com os fotografados e evitando o exotismo. A série é vista como uma denúncia social implícita e um elogio à arte popular.
Grete Stern via a fotografia como uma possibilidade de expressão artística, enfatizando que suas decisões eram visuais e não intelectuais. Para ela, a fotomontagem era a união de diferentes fotografias já existentes para criar com elas uma nova composição fotográfica, permitindo juntar elementos inverossímeis e distorcer proporções e perspectivas. Ela não se preocupava em criar um efeito de real, mas sim em uma ação ou exercício que expressasse sua visão. Stern era meticulosa, fazendo esboços prévios para planejar suas composições.
'''Legado e reconhecimento atual'''
Apesar do sucesso popular imediato da série ''Sueños'' na revista ''Idilio'', o trabalho de Stern foi inicialmente ignorado ou subestimado pela crítica de arte argentina da época. Sua originalidade radiclevou décadas para ser reconhecida. O prestígio da série começou a crescer rapidamente a partir de 1982, após sua exibição na ''FotoFest'', em Houston, EUA.
Atualmente, as fotomontagens de Grete Stern são amplamente reconhecidas e valorizadas internacionalmente, presentes em coleções permanentes de museus como o Museum of Modern Art (MoMA) em Nova York, The Jewish Museum, The Metropolitan Museum e The J. Paul Getty Museum. Exposições importantes, como ''From Bauhaus to Buenos Aires: Grete Stern and Horacio Coppola'' no MoMA em 2005 e a exposição no IVAM na Espanha em 2015-2016 que documentou os 140 fotomontagens, solidificaram seu reconhecimento global.
A série ''Sueños'' é considerada a primeira e mais importante obra fotográfica argentina a abordar a opressão e manipulação da mulher, e as consequências alienantes da submissão consentida. O trabalho de Stern continua a exercer uma forte função crítica relacionada aos ideais femininos e a servir de denúncia da opressão de gênero, mantendo sua relevância no século XXI. Sua contribuição é vista como decisiva para a fundação de uma cultura fotográfica moderna na Argentina.
'''Referências'''
ASTUTTI, Adriana. Grete Stern: mulheres sonhadas. '''Ide''', São Paulo, v.32 n.49, p. 14-29, dez. 2009. Disponível em: https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-31062009000200004
BERTÚA, Paula. Sueños de Idilio: los fotomontajes surrealistas de Grete Stern. '''Boletín de estética''', n. 6, p. 5-32, ago. 2008. Disponível em: https://boletindeestetica.com.ar/index.php/boletin/article/view/216
CAVALCANTI, Ildney. Distopia e gênero em Sueños, de Grete Stern. '''VIS Revista do Programa de Pós-graduação em Artes Visuais da UnB''', Brasília, v. 18, n. 2, p. 87-110, jul.-dez. 2019. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/revistavis/article/view/29232
PRIAMO, Luis. Grete Stern's Work in Argentina. '''Journal of Latin American Cultural Studies''', v. 24, n. 2, p. 91-108, 2015. Disponível em : http://dx.doi.org/10.1080/13569325.2015.1040749
ROBERTS, Jodi. A City in Dispute: Grete Stern’s Photographs of Buenos Aires, 1936–1956. '''Journal of Latin American Cultural Studies''', v. 24, n. 2, p. 123–52, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1080/13569325.2015.1040742
TISCOSKI, Luciana Bittencourt. A fotomontagem e a fotografia etnográfica de Grete Stern: modos de ver o corpo contemporâneo. '''Revista Ciclos''', Florianópolis, v. 2, n. 4, p. 232-242, fev. 2015. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/ciclos/article/view/4974
USLENGHI, Alejandra. A Migrant Modernism. Grete Stern’s Photomontages. '''Journal of Latin American Cultural Studies''', v. 24, n. 2, p. 173–205, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1080/13569325.2015.1040747
WIEDER, Christina. Montages of exile. Photographic techniques and spatial dimensions in the artwork of Grete Stern. '''Jewish Culture and History''', v. 21, n. 1, p. 42–65, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1080/1462169X.2020.1701846
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